Aqui ou além,
Tudo culmina
Em tangos multicolores,
Aqui ou além,
Tudo caminha
Com o vento.
Aqui ou além,
Com pequenas asas de borboleta,
Vamos voando voláteis
Contemplando a nossa frágil condição.
Entre os outroras e os amanhãs,
Lancemo-nos como flechas voadoras
Rumo a alvos de lânguido platonismo.
Embriagados pela luz,
Tornemo-nos mariposas
Como cavaleiros de lança na mão
Cavalgando em corcéis de algodão.
Mário Lisboa Duarte
expressão visual por Frederico Fonseca
novembro 13, 2006
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3 comentários:
Por momentos lá estava eu, deitadinha num campo bonito, numa tarde de Inverno mas solarenga, com calor mas só o suficiente...e a olhar para as núvens percebi que poderíam ser literariamente ou apaixondamente descritas como tu o fizeste...posso começar a designar as núvens como algo que "aqui e além (...)
Em tangos multicolores",como algo que
"Aqui ou além,
(...) caminha
Com o vento." Como algo que
"Aqui ou além,
Com pequenas asas de borboleta," vão
"voando voláteis"?
Queria que se falasse assim quando se fala das núvens que olho e sonho! Mas ninguém fala! Então, ao menos quando penso nelas, penso nelas assim...obrigada.
As fotos que vi nesta página do blog são magníficas! Fico contente por não ver só fotos a preto e branco!
Parabéns
(sobre os textos, confesso que não li...)
Magnífico poema! Excelente foto onde vislumbro o algodão das palavras!! Gostei de passar aqui.
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