dezembro 15, 2008

A uma tela que se achou no Grande Incêndio dos Armazéns

Silêncio ocasional compõe agora
as partes de um todo entrecortado
pelo último suspiro da crepitação

Contam-se as coisas
pelas lágrimas que se apagam
à nascença
Do que se consegue achar com pulso
fumo, fuligem, amargura, esquecimento,
E uma paisagem em tons de cinza-esperança
Com um pássaro vago no canto

Espécie de vírgula acidental
Em poema escrito a lume

Mário Lisboa Duarte

1 comentário:

icendul disse...

bom ano:D
a vencer destroços e a incendiar tudo com as boas labaredas: as artísticas. já sei que é dia 5, mas para se estar à margem, que assim seja também com o calendário!bjns*

(mera curiosidade, à margem do que é realmente importante: foi teu o comentário da "genuflexão da rosa" na minha casinha porosa?)