setembro 07, 2006
AO PODER IMPERIAL DA MAQUINARIA DO PORVIR
expressão visual por Frederico Fonseca
Ao poder imperial da maquinaria do porvir,
Entrego a Alma débil, inevitavelmente frágil.
Ventos vindos de horizontes longínquos,
Carregam consigo o cheiro nauseabundo
De um serei desconcertante.
Rumo ao caos organizado da roda dentada,
Traços maquinais vão-se desenhando,
Inconscientes, portentosos cabos de ligação,
Laivos de inevitável dependência.
E o Homem, vai deixando ao Tempo
O seu legado, o seu testamento,
Depositando seus pertences
Em múltiplas latas de gás venenoso…
A Roda-Mãe,
Essa vai girando cada vez mais empenada,
Ligando as entranhas a tubos oxigenados,
A frascos de soro.
Nas suas veias secas,
O sangue de outrora, a água da vida,
Apodrece, dia após dia, hora após hora,
E nós, vamos dançando,
Construindo no lodo,
A nossa própria vala comum.
mário lisboa duarte
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5 comentários:
deves ter a mania que és futurista... :P
Boa... Belos comments que andas a deixar por aqui... Cheios de criatividade e engenho... Vê lá se te atinas e começas a deixar alguma coisa de jeito, sim?... :)
oh puto deixar isto já é muito para mim. se digo alguma coisa quer dizer que gostei. não sou de análises literárias, essas sugadoras de vida.
bem... Tá para aí uma tempestade em Massamá... la revancha del pixi. Soa bem...
mas eu sou fã dos backstreet boys
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