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expressão visual por Frederico Fonseca
Desfaço-me em dois
E depois,
Sob o intenso silêncio das noites
Adensa-se a dependência.
"É preciso moral.
É preciso moral!"
Brada-me um velho resto mortal;
"Faça-se luz.
Faça-se luz!"
Lembra-me um pobre carregando uma cruz.
Já é dia.
E depois.
E depois...
Mário Lisboa Duarte
2 comentários:
E depois e depois voltamos ao mesmo jogo de dados viciados por mãos tb elas viciadas. NO fundo no fundo a desculpa do vício dá sempre geito para se poder voltar a consumir
DEsfazemo-nos em dois ou somos sempre o mesmo mas debaixo de máscaras que às vezes sinplesmente caem, ou partem-se por uma força maior? Tipo um vício...
Gostei muito da abordagem.
o mais normal é que não perceba à primeira, deixando-me corroer pela ansiedade devida ao depois por aparecer,ao depois por se saber. mas DEPOIS, venho a entender que é a incerteza do depois que arranca de mim a imaginação, de mão dada com a coragem.sem a incerteza do depois, seria menos eu.
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