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Emprenhei a minha musa
De imagens trigémeas
Coladas com a cera
Dos ouvidos de um penitente:
- Um pássaro desasado
Emaranhando-se nos cabelos
De uma floresta virgem –
- Um cavalo tecendo
Novelos de crina
No riacho de um regaço –
- Uma hiena fumando
Cachimbo e rindo entredentes
Nos gritos de uma selva diurna –
As três corroendo-lhe o ventre
Na urgência da luz prematura
Assim se vão esvaindo entrepernas
Todas as musas que me abrigam:
Em poças de líquido semiótico
Destes textos pretextos
Não mais que meras
marquesas abortadeiras
Palavroclastia por Mário Lisboa Duarte
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Imagens prematuras por Frederico Fonseca
1 comentário:
Gostei deste momento de leitura poética.
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