março 13, 2008

Equilibrismo




A diva da ópera
Canta mas não encanta
A puta do Ópera
Não canta mas encanta
Eu
Não canto nem encanto
E frequentemente
Penso nas duas
Para me sentir como um todo
Resplandescendo
Perfeição

Mário Lisboa Duarte


Expressões visuais por Frederico Fonseca

1 comentário:

icendul disse...

fiquei a olhar demoradamente a geografia e o recorte gráfico do "eu" no poema: sulca uma espécie de corredor pelo verso adentro*