fevereiro 04, 2007

QUEDA


expressão visual por Frederico Fonseca

A minha vida é uma carroça
Que tropeça na calçada
Que avança desenfreada
Rua acima, rua abaixo.
A minha vida é uma carroça
Desengonçada com o vento
A arfar p’la noite escura
Rua acima, rua adentro.

Até ao dia em que tombar.

Mário Lisboa Duarte

9 comentários:

Anónimo disse...

Gosto da Foto!
Mas dispensava o poema....
A foto fala por si mesma

Mário Lisboa Duarte disse...

Caro Sr. Doutor Anonymous. Muito nos apraz o seu comentário. É verdade que uma imagem vale por mil palavras. Acreditamos porém que, um exercício fotopoético deve ser sempre a soma de duas capacidades de abstracção completamente diferentes; dois caminhos diferentes para um mesmo objectivo. Existem por si só, percebe? O facto do processo criativo ser um processo individual não impede que as diversas artes venham para a rua gritar em consonância. Por isso não dispensamos a poesia nem qualquer outro modo de nos expressarmos. Temos dito.

icendul disse...

quem entra e ouve wagner, julga a queda improvável, ou melhor,acredita no revés dos músculos espirituais, mesmo que haja um qualquer declive, mesmo que este seja a pique, a pique...*

perdida em Faro disse...

Sabes que o imortante está mesmo na forma de sustentáculo. Ou seja, trata bem das rodas da tua carroça e verás que até poderás ir rua adentro até ao centro um bocadinho mais depressa...sem perder a pose e até em segurança. O problema e a dificuldade estão mesmo na importância e no tempo que temos que dispender na base, na estrutura que nos garanta o resto!
Também, se tombarmos, isto a vida é um contínuo test drive...
bjinhos

Anónimo disse...

e se o tombar , for so mais uma esquina ?

Anónimo disse...

Se for só mais uma esquina dobra-se...

Anónimo disse...

Tombar? Não tomba não.

sassygirl disse...

Bela foto!!!!
O poema era dispensavel....
Uma boa foto, não precisa de ser "justificada"!

Mário Lisboa Duarte disse...

Caro Sr. Doutor Anonymous. Muito nos apraz o seu comentário. É verdade que uma imagem vale por mil palavras. Acreditamos porém que, um exercício fotopoético deve ser sempre a soma de duas capacidades de abstracção completamente diferentes; dois caminhos diferentes para um mesmo objectivo. Existem por si só, percebe? O facto do processo criativo ser um processo individual não impede que as diversas artes venham para a rua gritar em consonância. Por isso não dispensamos a poesia nem qualquer outro modo de nos expressarmos. Temos dito.