abril 11, 2007

ORIGEM,PERCURSO,DESTINO





expressões visuais por Frederico Fonseca

O universo a nascer
E a casa-mãe a parir,
Desafiando as barreiras
Da medicina-materno-fetal.
A gente diz que não,
Que não quer que assim seja,
Que a pedra prodígio pode
Sair de cesariana e tal,
Mas o que é que a gente faz
Se já se sente à nossa frente
O buraco outrora virginal!
Pedra após pedra ante pedra,
Parece que a vida sempre perece,
No puxar do cordão umbilical:
O mundo etéreo em exposição
No mercado da imundície, tal e qual;
Afinal, somos todos almas clonadas,
A rezar simetricametricamente
No altar do tempo universal.

Mário Lisboa Duarte

7 comentários:

Dinis Lapa disse...

já dá para fazer comments!! :))

em relação ao post, gosto como falas da transitoriedade das coisas.

um abraço daqueles

Art&Tal disse...

abraços

Gonçalo Veiga disse...

"A rezar simetricamente/ no altar do tempo universal."

Brilhante!

Mário Lisboa Duarte disse...

simetricametricamente...:-)

Anónimo disse...

almas clonadas. bem visto

Gonçalo Veiga disse...

Isso ;) "simetricamtricamente"

jm disse...

é absolutamente soluta tamente te